A decisão judicial que derrubou Jair Bolsonaro foi o terremoto que faltava para bagunçar de vez o cenário político — e o epicentro agora parece ser na Bahia. ACM Neto, que se vendia como “o equilíbrio em pessoa” — meio distante do bolsonarismo, meio próximo para não perder votos — viu a estratégia escorrer pelo ralo.
Como se não bastasse o tombo de Bolsonaro, um escândalo envolvendo o velho aliado Elmar Nascimento explodiu como rojão de festa junina, espalhando faísca para todos os lados. Resultado: a campanha de ACM parece novela das nove, com enredo de drama, suspense e final que todo mundo já imagina — a desistência.
Nos bastidores, aliados fazem contas e concluem que insistir na candidatura pode sair mais caro que recuar agora. O discurso de “nova política”, antes pomposo, virou piada pronta. O “bolsonarismo light” que ACM tentou abraçar sem assumir agora é âncora, puxando sua imagem para o fundo.
E o silêncio do ex-prefeito só alimenta as apostas: nenhuma entrevista, nenhum tweet salvador, nada além de caras fechadas e reuniões a portas trancadas. Se a renúncia for confirmada, deve vir antes do horário eleitoral — melhor encerrar o espetáculo antes que vire tragédia transmitida em cadeia nacional.
